quarta-feira, 4 de maio de 2022

Sistema Clube de comunicação de Ribeirão Preto - FONTE :https://www.blogger.com/blog/post/edit/8416755416602808782/3142504391447412330

O rádio do interior brasileiro começou em Ribeirão Preto1 Geraldo José Santiago2 UNAERP – Ribeirão Preto, SP. A história do rádio de Ribeirão Preto confunde-se com a história do rádio brasileiro e tem início na década de 20, quando a cidade experimentava uma onda desenvolvimentista, propiciada pela exportação de café. Através dos jornais, os ribeirão-pretanos foram informados sobre um novo veículo de comunicação que surgia nos Estados Unidos e na Europa: o rádio. Isso aconteceu quando um grupo de cidadãos, que estudava e discutia a telegrafia e radiotelegrafia, resolveu intensificar suas reuniões, dessa vez, para aprofundar seus conhecimentos sobre a radiodifusão e fundar o Rádio Clube de Ribeirão Preto. Formado por comerciantes, profissionais liberais e intelectuais, o Rádio Clube de Ribeirão Preto tinha A.H.O. Roxo como presidente, José de Paiva Roxo, secretário e o Dr. Álvaro Cayres Pinto no cargo de tesoureiro. A reuniões de diretoria aconteciam nas residências dos integrantes. Como os membros do Rádio Clube, o comerciante José Cláudio Louzada era apaixonado pela radiodifusão e desde 1920 realizava experiências com transmissão de sinais sonoros, destinando para tanto, parte do faturamento de sua loja. Louzada era proprietário da Casa São Benedito, instalada na Rua General Osório (até hoje um das principais ruas comerciais de Ribeirão Preto) e especializada em artigos de couro. O comerciante viu no Rádio Clube a possibilidade de aprofundar suas pesquisas com a radiodifusão sonora. Acrescenta o jornalista Wilson ROVERI (1986:73), que Louzada “ouviu falar do Rádio Clube e procurou se aproximar de seus diretores”. Com a experiência de Louzada, o Rádio Clube de Ribeirão Preto intensificou suas experiências com a radiodifusão. Os membros do Clube experimentaram os aparelhos de transmissão de rádio construídos artesanalmente por Louzada e decidiram apoiar suas 1 Trabalho enviado para o NP 06 – Núcleo de Rádio e Mídia Sonora, do XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Jornalista, Radialista, Produtor e Locutor Comercial, Mestre em Comunicação pela Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" – UNESP, campus de Bauru. Professor de Produção Publicitária em Rádio e Radiojornalismo da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP / Ribeirão Preto). 2 iniciativas de dotar o Clube de uma estação de rádio nos moldes das que conheciam através das revistas européias e americanas que importavam. Determinado a colocar no ar uma estação de rádio com melhor qualidade sonora e maior potência, José Cláudio Louzada procurou em Franca (cidade distante 90 km de Ribeirão Preto), o professor José da Silva Bueno, famoso em toda a região pelas pesquisas que realizava com telegrafia, radiotelegrafia e radiodifusão sonora. Bueno era dentista, lecionava eletricidade na Escola Profissional de Franca e tinha como parceiro de pesquisa o professor de mecânica José Pires Monteiro. Louzada estabeleceu contato com Bueno e obteve informações sobre um pequeno transmissor de rádio que ele havia montado. O técnico Jacinto Rodrigues Silva3 confirma as experiências dos professores Bueno e Monteiro no campo da radiodifusão sonora e a existência do esquema do transmissor de rádio, desenvolvido através da observação de um transmissor adquirido na França pelo médico francano Jonas Deocleciano Ribeiro. Jacinto revela que “o doutor Jonas vivia mais na França do que no Brasil. Era época do café. Cada vez que ele ia à França ele trazia aqueles malotes enorme... inclusive o transmissor”. Ao final do encontro em Franca, Louzada e Bueno formalizaram um acordo, no qual o professor Bueno compromete-se a construir um transmissor, idêntico ao que tinha em seu laboratório, e montá-lo em Ribeirão Preto, para o Rádio Clube. “O professor Bueno desenhou, construiu e montou o aparelho transmissor de rádio em Ribeirão Preto, nos fundos da Casa São Beneditto, de propriedade de Louzada, onde já funcionava uma oficina de rádio”, lembra Jacinto Rodrigues Silva. Com o transmissor de Bueno instalado e transmitindo experimentalmente, a Casa São Benedito, localizada na Rua General Osório, passou a ser o ponto de encontro dos membros do Rádio Clube de Ribeirão Preto. A partir de então, as relações entre o comerciante José Cláudio Louzada e o professor José da Silva Bueno intensificaram-se. Bueno aceitou o convite, feito por Louzada, para construir outro transmissor e colocar no ar, definitivamente, a Rádio Clube. O primeiro passo foi preparar o projeto e negociar com fornecedores norteamericanos os componentes para a montagem do transmissor. 3 Jacinto Rodrigues Silva foi técnico da PRA-7 Rádio Clube durante 45 anos. Faleceu em 05 de dezembro de 2000, aos 88 anos, seis meses após nos conceder-nos uma entrevista (01 de junho de 2000, em sua residência). Toda referência a Jacinto Rodrigues Silva apresentada neste trabalho é fruto desta entrevista. 3 Naquela manhã, o professor José da Silva Bueno vai andando pelas ruas da cidade, com os olhos brilhantes de emoção, pela notícia que acaba de chegar pelo telégrafo. Já chegaram os componentes importados dos EUA e ele já pode avisar seu amigo Louzada que o processo de montagem de sua tão sonhada emissora de rádio já pode ser iniciado. Quer sentir o prazer de colocar cada válvula, cada peça em seu devido lugar. (NO AR..., 1982: 9). No dia 23 de dezembro de 1924, entrou no ar a Rádio Clube, não só a primeira emissora de rádio de Ribeirão Preto, mas a primeira emissora do interior do Estado de São Paulo e do interior do Brasil. A Rádio Clube é, também, a terceira emissora de rádio a operar regularmente no Estado de São Paulo e a sexta emissora do Brasil, assegura o jornalista Wilson ROVERI (1986:23). Demétrio Luiz Pedro Bom4 relata que a Rádio Clube de Ribeirão Preto foi fundada por José da Silva Bueno, José Cláudio Louzada e seu irmão, Júlio Louzada e autorizada a transmitir em 23 de dezembro de 1924 pelo Ministério da Viação e Obras Públicas.Seu transmissor tinha 5 watts de potência. Os estatutos do Rádio Clube foram aprovados em primeiro de janeiro de 1925, “registrados no Registro Geral de Ribeirão Preto e publicados no Diário Oficial do Estado em 8 de março do mesmo ano” (RADIO DE..., A Cidade, 1934). Em 10 de novembro de 1925 o Ministério da Viação concedeu autorização para operar com um “transmissor de 10 watts, sistema de Pekan” (RÁDIO CLUB..., O Trabalho, 1934). Inicialmente a emissora foi instalada na loja de José Cláudio Louzada, na rua General Osório. Em 24 de setembro de 1929 passou a transmitir dos fundos da casa de Louzada, na Rua Marechal Deodoro, n.86 A, inaugurando um transmissor de 50 watts. Em princípios de 1932, o senhor José da Silva Bueno, então director technico da Rádio Hertz de Franca, attendendo gentilmente a um convite do Sr. José Cláudio Louzada, foi a Ribeirão Preto para colaborar na construcção de um novo transmissor, mais eficiente. Esse transmissor trabalhou em 1932 e 1933. O senhor José da Silva Bueno deixou a direcção technica da Rádio Hertz de Franca, e associou à firma J.C.Louzada e Cia, dando origem à firma Louzada, Bueno e Cia. (O ANIVERSÁRIO..., Diário da Manhã, 1937). 4 Demétrio Luiz Pedro Bom é diretor financeiro e administrativo do Sistema Clube de Comunicação e traz no currículo doze anos de serviços prestados à PRA-7 Rádio Clube. Entrevista concedida em 30 de maio de 2000. Toda referência a Demétrio Luis Pedro Bom apresentada neste trabalho é resultado da entrevista. 4 Posteriormente, em 14 de janeiro de 1934, a Rádio Clube passou a transmitir do “sobrado da Sociedade Legião, hoje Edifício Padre Euclides, na Rua Visconde de Inhaúma” (ROVERI, 1986:73). Um complexo sistema de transmissão sonora foi desenvolvido para a emissora, incluindo a instalação de duas torres com trinta metros de altura. Uma instalada no próprio prédio da Sociedade Legião Brasileira de Cultura e Civismo e outra na esquina das ruas Tibiriçá com General Osório, nos fundos da loja de Louzada. O transmissor, com potencia de 500 watts, foi totalmente construído pela “firma Louzada, Bueno e Cia” (RADIO DE..., A Cidade, 1934) e consumiu oito meses de trabalho dos sócios, Louzada e Bueno. Com um sinal capaz de cobrir uma área superior a 300 kilometros, a emissora passou a ser captada em dezenas de cidades, tornando-se conhecida como “A Estação do Coração de São Paulo”. Em pouco tempo, começaram a chegar cartas de todo o estado, através das quais os ouvintes faziam questão de registrar a sintonia da emissora. Uma das cartas, assinada por Carlos Coimbra, da cidade Santos, com data de 16 de janeiro de 1934, foi publicada pelo jornal Diário da Manhã (10 jan. 1934). Em um trecho, o ouvinte escreve: Tenho ouvido nesta cidade com grande satisfação, as irradiações dessa “broadcasting” com apreciável volume e com a mais perfeita nitidez de som. Apesar da onda da PRA-7 estar um verdadeiro cerco de estações argentinas, a audição em nada fica prejudicada. A Rádio Clube de Ribeirão Preto começou “operando como SQA-K, prefixo mudado para PRA-I quando Bueno instalou um segundo transmissor, então um Philips industrial” (MARANHÃO FILHO, 1998:164). A concessão do prefixo PRA-7 ocorreu em 31 de maio de 1935, através do Decreto n. 174, do Ministério da Aviação. Nesta época, a PRA-7 permanecia algumas horas no ar. A programação “começava às nove horas e ia até o meio-dia. Ao meio-dia parava e fazia aquele intervalozinho e recomeçava às cinco horas”, lembra Jacinto Rodrigues Silva. Os comunicadores, por sua vez, tornaram-se celebridades na cidade, com destaques para “Alceu Silveira, a voz-mais bonita de todas, Ângelo Macedo e Oswaldo Luiz Angarano” (ROVERI, 1986:75). Aos pioneiros do rádio não foi diferente: enquanto Bueno atuava na área técnica, mantendo a emissora no ar, pesquisando as novidades da radiodifusão, tornando-se uma referência na área, Louzada cuidava da 5 área administrativa e comercial, transformando-se em um dos cidadãos mais respeitados da cidade, salienta o professor Divo MARINO (1977:50): José da Silva Bueno possuía um prestígio semelhante ao dos “coronéis” do tempo do “Ciclo do Café”. As grandes decisões, aqui eram tomadas, no campo do viver comunitário, depois de ouvido o “seu” Bueno da PRA-7. Ribeirão Preto viveu então, o tempo do estrelismo radiofônico. Ao mesmo tempo em que montava o transmissor para a Rádio Clube de Ribeirão Preto, Bueno construía um transmissor para a Rádio Hertz, de Franca. Este fato provocou uma discussão em relação ao pioneirismo da Rádio Clube, alimentando a hipótese de a Rádio Hertz haver sido colocada no ar primeiro do que a Rádio Clube. Essa polêmica é desvencilhada pelo técnico Jacinto Rodrigues da Silva, que acompanhou e participou da instalação das duas emissoras de rádio. Ele revelou que José da Silva Bueno instalou e colocou no ar a Rádio Clube de Ribeirão Preto e continuou trabalhando em suas experiência com radiodifusão em Franca. “Quando dava algum problema com equipamentos da Rádio Clube, eles levavam para Franca, para o “seo” Bueno consertar”. Fundada por Jonas Deocleciano Ribeiro, José Pires Monteiro e José Silva Bueno, a Rádio Hertz de Franca foi inaugurada em 8 de abril de 1927. Em 1935, a firma Louzada, Bueno & Cia obteve do Governo Federal a autorização para realizar experiências cientificas no campo da radiodifusão sonora e televisiva, constituindo o Laboratório de Rádio Precisão e Pesquisas Cientificas de Louzada e Cia., independente da emissora de rádio. A autorização do governo inclui a transmissão em ondas curtas e foi comunicada à imprensa através de uma carta assinada pelo próprio José da Silva Bueno, onde não esconde a emoção de ter reconhecido, pelo governo, anos de pesquisas desenvolvidas ao lado de José Cláudio Louzada, expressa na autorização para constituir “o único laboratório de experiências scientificas em matéria de rádio” do país. Essa victoria conseguida pela firma Louzada, Bueno & Cia, tem grande significação para Ribeirão Preto. O prestigio cultural de nossa cidade será solidificado mais uma vez, pois, os Laboratório de Rádio Precisão e Pesquisas Scientificas de Louzada & Cia. transmitirão em ondas curtas, e farão todas as experiências em radiotransmissão, não sendo descurada também a televisão. (A ESTAÇÃO..., Diário da Manhã, 1935). Três anos mais tarde, no dia 10 de maio de 1938, a Louzada, Bueno & Cia colocou no ar a PRH-7, a primeira “estação radio-difusora” brasileira de ondas curtas. A 6 transmissão, ainda em caráter experimental, pode ser sintonizada em todo o país, conforme atestaram “os inúmeros cartões e telegramas”. O jornal A Tarde, publicou a carta de “um jornalista de Porto União, em Santa Catharina” que sintonizou a transmissão da PRH -7. Através de meu Philips 342 A, de 7 válvulas, ouvi ontem, em optimas condições, isto é, impeccavel modulação, extraordinário volume e magnífica clareza de voz, toda a erradiação experimental da PRH-7 [...] Seja porem, como for, o aparecimento de uma emissora brasileira, em ondas curtas, só poderá constituir motivo de intenso jubilo para os que, como eu, tem verdadeira admiração pelo rádio (RIBEIRÃO PRETO DENTRO..., A Tarde, 1938). José Cláudio Louzada e José da Silva Bueno foram, também, responsáveis pela implantação da primeira rede de emissoras de rádio do interior. Além da PRA-7, em Ribeirão Preto, os dois montaram a PRG-4, em Jaboticabal, a PRB-8, em São José do Rio Preto e a ZYD-5, em Catanduva. A união entre Louzada e Bueno foi interrompida em 6 de junho de 1938, com a morte de José Cláudio Louzada, aos 39 anos de idade. A “mãe do rádio de Ribeirão Preto”, como Louzada era chamado pelo jornalista Antonio Machado Sant’Anna, levou Bueno a reestruturar os seus negócios. Ele “vendeu a Rádio de Rio Preto e depois Catanduva. O filho Jaime dirigia a de Jaboticabal. Rubens, o mais velho, ficava ao lado do pai em Ribeirão Preto”, acrescenta o jornalista Wilson ROVERI (1986:76). Ainda em 1938, os estúdios da PRA-7 foram transferidos para o edifício Alzira Maldonado, na Rua Tibiriçá, número 26, onde era a loja de Louzada. Na Sociedade Legião ficou apenas o transmissor. No ano seguinte ele foi levado para o bairro Monte Alegre, onde foi erguida uma antena de transmissão. Em outra ação, Bueno transformou um antigo cassino (Cassino Eldorado, localizado à rua Américo Brasiliense com Amador Bueno) em auditório e gravadora. “Depois que acabou o cassino, o Sr. Bueno conseguiu a locação do prédio junto à Companhia Antártica e o transformou em um auditório. Embaixo do palco ele fez um estúdio de gravação”, detalha o radialista Lúcio Mendes5 . Até final de 1955 o endereço da PRA-7 foi a Rua Tibiriçá, 26. A emissora de rádio tornou a principal atração do centro de Ribeirão Preto. 5 Lúcio Mendes é jornalista e radialista. Entrevista concedida em 14 de outubro de 1999. Toda referência a Lúcio Mendes apresentada neste trabalho é resultado da entrevista. 7 O PALÁCIO DO RÁDIO Superado o impacto provocado pela morte de José Cláudio Louzada, José da Silva Bueno concentrou suas ações na PRA-7 Rádio Clube. No Centenário de Ribeirão Preto, em 26 de fevereiro de 1956, inaugurou o “Palácio do Rádio”, o primeiro prédio do país planejado para abrigar uma emissora de rádio, como destaca Demétrio Luiz Pedro Bom: Quando ele foi construído, era o primeiro prédio construído especificamente para uma emissora de rádio. Todas as emissoras, inclusive as grandes emissoras de São Paulo e Rio ocupavam áreas adaptadas para serem uma estação de rádio. O Palácio do Rádio foi construído pra ser uma estação de rádio e receber uma televisão futuramente com auditório e toda estrutura que você pode imaginar. Concebido pelo arquiteto Secundino Spinola, o prédio levou quatro anos para ser construído, de “1952 a 1956”, revela Jacinto Rodrigues Silva, que acompanhou desde a limpeza do terreno até a inauguração. Jacinto foi responsável pela instalação elétrica e montagem de praticamente todos os equipamentos da emissora. Edificado na Rua Barão do Amazonas, n o 35, esquina com a Avenida Francisco Junqueira, o “Palácio do Rádio” abrigou em seus três andares, estúdios de gravação e apresentação de programas, discoteca, auditório, salas para departamento artístico, jornalismo, comercial, administrativo e técnico. No primeiro, a administração, no segundo, estúdios, técnica e fiscalização de publicidade, assim como a direção comercial, e no superior, redação e gravação [...] Os fios de todo o prédio eram embutidos, quilômetros e quilômetros, as paredes, onduladas, as janelas, recheadas de material especial para vedar o barulho de fora para dentro, mesmo que fechadas. Os banheiros eram numerosos, quase quarenta ao todo (ROVERI, 1986: 82). Demétrio Luiz Pedro Bom, relata que trabalhou “dez ou doze anos no Palácio do Rádio”, e ressalta as particularidades do prédio: Tinha um auditório com capacidade para 350 pessoas, o “Multicolorido Auditório”, o nome era esse porque realmente era multicolorido, com luzes de néon, sala de ensaio para piano, sala para orquestra, sala de ensaio para coral. Havia também um estúdio “especifico para a gravação de radionovela, chamado Estúdio Roquete Pinto, quatro estúdios para os programas de rádio, ou seja, para jornalismo era um estúdio, para programa de música era outro estúdio, para entretenimento outro estúdio, para comerciais era outro estúdio. Havia a preocupação de dar uma estrutura ampla , para que todos os profissionais pudessem trabalhar sem nenhum tipo de problema. E também havia, já previsto pelo seu proprietário na época, seu fundador, José da Silva Bueno, o terceiro 8 pavimento, pronto para receber um canal de televisão. A altura das paredes, a divisão da sua área de construção preparado para receber um estúdio de televisão. O sonho dele era trazer para uma TV para a PRA-7. Ele não teve tempo para concretizar este sonho, o que ocorreu em 1988 com a TV Clube, Canal 17, inaugurada em maio de 1988, pelo Sistema Clube, a sucessora da PRA-7. Com esta estrutura, a PRA-7 Rádio Clube tornou-se uma das principais referências de rádio brasileiro, concorrendo com “as grandes emissoras, como a Rádio Tupi, Rádio Nacional do Rio, Tupi de São Paulo” complementa Demétrio Luis Pedro Bom, ressaltando que “a PRA-7 tinha um elenco de broadcasting fabuloso. Produzia radionovelas, tinha orquestra própria, auditório próprio, equipe de produção própria”. Atrações da Programação PRA-7 No início a Rádio Clube de Ribeirão Preto permanecia no ar por um curto período de tempo, quase sempre depois do meio-dia. Não havia uma hora definida para entrar ou sair do ar. Tudo dependia do dia e do transmissor, cuja válvula “esquentava” se permanecesse ligado por muito tempo. A programação, experimental, incluía a execução de músicas clássicas, sucessos das grandes orquestras, jazz e as tradicionais marchinhas de carnaval, mesclada com o relato dos acontecimentos que envolviam a sociedade ribeirãopretana e as principais noticias do Brasil e do mundo, é o que contam os radialistas mais antigos, entre os quais o Jacinto Rodrigues Silva. Desta fase, compreendida de 1924 a meados de 1933, não há registro disponível da programação da Rádio Clube de Ribeirão Preto. Fato que vai ocorrer somente a partir de 1934, quando os jornais passaram a publicar reportagens e colunas sobre a emissora. O jornal A Cidade (RÁDIO CLUBE..., 1934) faz menção à programação da Rádio Clube, quando da inauguração do novo transmissor, ocorrido em 14 de janeiro de 1934. A base da programação era a música, dos mais diferentes estilos e apresentada ao vivo. Na leitura da programação pode-se observar a estratégia de comercialização de espaço, de hora-em-hora, como é utilizada hoje por muitas emissoras de freqüência modulada, com cada hora da programação levando o nome ou o produto do patrocinador: ÀS 14 HORAS: entrega da estação aos ouvintes, falando pela firma Louzada, Bueno e Cia., o Sr. Antonio Constantino e outros oradores. 9 DAS 15 ÀS 16 HORAS – Programma variado, do qual participarão: jazz simphonico, grupo regional e mais variados artistas da P.R.B.9 – Rádio Sociedade Record de S. Paulo. DAS 16 ÀS 16,15 HORAS – Programma Innecchi, por Xisto e Geraldo, em creações suas (piano e canto). DAS 16,15 ÀS 18 HORAS – programma variado. HORA DA USINA JUNQUEIRA Das 19 às 19,30: Jazz da P.R.A.7. Das 19,30 às 19,45: Orchestra de Salão da P.R.A.7. Das 19,45 às 20: Xisto, Geraldo e regional. HORA DO RÁDIO PHILCO Das 20 às 21: Programma variado pelos artistas da Record. HORA DA EMPREZA FORÇA E LUZ Das 21 às 21,15: Solo de violino e piano pela Sra.Adalgisa de Campos Silveira e srta Clothilde B. da Costa. Das 21,15 às 21,30: Orchestra Typica da P.R.A.7. Das 21,30 às 21,45: Na Mocidade de Minha Avó. Das 21,45 às 22: Jazz da P.R.A.7. HORA ANTARCTICA Das 22 às 23 : Quinteto Max, solos de violino pelo Sr. Francisco de Biase, canto pela srta. Mary Cecconi, solos de piano pelas srtas Diva e Olga Tarlá, solo de flauta pelo sr. Luiz Spanó. HORA DO RÁDIO PHILIPS Das 23 às 23,15: Quarto de hora “Pernóstico”. Das 23,15 às 23,30: Duo Miranda – solo de violino e piano. Das 23,30 às 23,45: Canto e violão pelo Sr. Mário Rossi. Das 23,45 às 24: Programma variado. Das 24, em diante: Músicas de dansa. Ainda em 1934, a Rádio Clube incorporou à sua programação a transmissão de futebol. No dia 23 de março transmitiu em “cadeia” com a Rádio Record de São Paulo a partida Vasco da Gama e São Paulo, pelo torneio Rio-São Paulo (DIÁRIO DA MANHÃ, 1934). A primeira equipe esportiva da PRA-7 foi estruturada em 1937. A radiofonização de textos fez aumentar a audiência e o prestígio da Rádio Clube. Pesquisa realizada pelo professor Luiz MARANHÃO FILHO (1998:164) aponta o pioneirismo “na radiofonização da primeira novela a figurar na programação da PRA-7”, enquanto outras emissoras apenas reproduziam textos literários no ar. Coube a Sebastião Porto utilizar a consagrada revista “Detetive”, de circulação nacional, para adaptar “Taifú, O Diabo Amarelo” em capítulos. A experiência o animou a ousar mais. Ouvindo emissoras da capital onde os locutores liam obras literárias ao microfone, utilizando o recurso de dramatizar apenas os diálogos contidos no texto, Porto se arriscou a adaptar, como teatro radiofônico, o clássico de Afonso Taunay “Inocência”. E fez sucesso. 10 Foi em 1935 que o jornalista Sebastião Porto implantou o rádio-teatro na programação da PRA-7, aponta o jornalista e radialista Wilson Roveri6 , explicando que as “peças de rádio teatro eram transmitidas às quartas e domingos, à noite”. O sucesso foi tão grande que a partir de 1937 o rádio-teatro passou a ser apresentado todas as noites, transformando-se no gênero preferido do público feminino durante a década de 40. Com a inauguração do Palácio do Rádio, em 1956, a PRA-7 transformou-se em uma máquina de criar sonhos. Os novos estúdios ofereciam todos os recursos necessários para a produção dos textos de rádio-teatro e radionovelas. Artistas locais foram incorporados ao elenco e treinados, juntamente com novos atores que chegavam à cidade em busca de uma oportunidade, entre os quais Moacir Franco e Rogério Cardoso. Entre os novos autores, destaque para o jovem Rubens Francisco Lucchetti, que fazia sua estréia no rádio em 1957. Com muito talento, Lucchetti foi ocupando as noites de domingo da PRA-7 com o “Grande Teatro de Aventuras”, que ia ao ar a partir das 22 horas”. Quem conta é o próprio Lucchetti7 , criador de “O Escorpião Escarlate”, série que fez frente ao “Anjo”, consagrada série da Rádio Nacional transmitida no mesmo dia e horário. Do rádio, Lucchetti migrou para o cinema, sendo um dos fundadores em 1962, do Centro Experimental de Cinema de Ribeirão Preto. Rubens Lucchetti é o roteirista dos principais filmes de Ivan Cardoso e José Mogica Marins, o Zé do Caixão. O jornalismo começou a ganhar destaque na programação da PRA-7 em 1936, quando o jornalista Sebastião Porto implantou um noticiário diário, às 7 da manhã, com duração de cinco minutos. Em 1945, Sebastião Porto e o radialista Fuad Cassis criaram a “Rotativa Sonora”, o mais influente jornal da história do rádio ribeirãopretano. A Rotativa ia ao ar às 11 e meia: abria com as manchetes, entrando depois um Destaque do Dia, de Sebastião Porto e as noticias até às 12 horas. Ao meio-dia, um comentário escrito por Sebastião Fernandes Palma, Paulo Barra ou Onésio da Mota Cortez, Idéias e Fatos. E para encerrar, a Reportagem do Dia (ROVERI, 1986: 81). Em depoimento ao professor Luiz MARANHÃO FILHO (1998: 90) o radialista Sebastião Porto, considera a PRA-7 a primeira emissora a utilizar “uma maleta de modulação de som, utilizando uma LP – Linha Privada, obtida nas centrais telefônicas 6 Wilson Roveri é jornalista, radialista e escritor. Entrevista concedida em 20 de setembro de 1999. 7 Rubens Francisco Lucchetti é escritor e roteirista de cinema Entrevista concedida em 8 de agosto de 2001. 11 para as primeiras transmissões externas” e garante ser o responsável pela primeira gravação externa do rádio interiorano. Sebastião Porto assegura que fez a primeira gravação externa, utilizando os rudimentares gravadores de fio de aço inoxidável, no dia 27 de março de 1949, no aeroporto de Ribeirão Preto, quando da passagem do governador Adhemar de Barros, a quem foi cobrada a instalação de uma universidade estadual na cidade. O sucesso da emissão foi tão grande que a emissora passou a utilizar, como chamariz para os seus ouvintes, as matérias anunciadas como “o fio que fala”. De 1935 a 1940 passaram pelos microfones da PRA-7 os principais cantores e conjuntos musicais do país, entre os quais Chiquinha Rodrigues, Orlando Silva, Carmem Miranda. Aurora Miranda, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, Dircinha e Linda Batista. Os programas de auditório fizeram sucesso no final dos anos 40, transmitidos ao vivo do auditório da PRA-7, na Américo Brasiliense com Amador Bueno. Na década de 50 o ponto de referência dos artistas em Ribeirão Preto passou a ser o Palácio do Rádio. Um dos astros da época, o radialista Pedro Evaristo Schiavon, o Porto Alegre8 , confessa ser um privilegiado por ter inaugurado no dia 28 de janeiro de 1956, como animador, o multicolorido auditório da PRA-7. “Auditório, que se tornaria famoso, por receber os principais artistas populares do Brasil”. Mas nenhum programa fez tanto sucesso na PRA-7 como o Centro de Debates Culturais, que na opinião do radialista Lúcio Mendes foi o “maior programa cultural já feito no rádio brasileiro”. O jornalista e radialista Wilson Roveri9 o define como o programa de maior prestígio do rádio de Ribeirão Preto: Era uma reunião...que acontecia duas ou três vezes por mês, dirigido por uma equipe que não tinha nada com a rádio. Um dos presidentes foi Sebastião Fernandes Palma. A direção do Centro convidava um especialista em determinado assunto ou autoridade e vários outros convidados para debater com ele . O “Centro de Debates Culturais” estreou em 1946, passando a ocupar as noites de segunda-feira. Pelo programa, que saiu do ar em 1955, passaram nomes como Carlos Lacerda, Jânio Quadros, Ulisses Guimarães, além dos principais intelectuais, políticos, artistas e representantes dos diferentes segmentos da sociedade ribeirão-pretana. 8 Pedro Evaristo Schiavon é jornalista, radialista e escritor. Entrevista concedida em 18 de setembro de 1999. 9Wilson Roveri é jornalista, radialista e escritor. Entrevista concedida em 20 de setembro de 1999. 12 Nomes como o Rogério Cardoso, Lima Duarte, Moacir Franco, Maria Augusta Barbosa de Matos (a Guta, da Rede Globo) passaram pela PRA-7, que chegou a contar com 128 funcionários. A eficiência do sistema de inserção comercial da PRA-7, implantado e dirigido por Guta, levou a Agência Lintas, representando a Gessy-Lever, a enviar José Bonifácio Sobrinho, o Boni, para um estágio de várias semanas na emissora, revela Pedro Evaristo Schiavon, o Porto Alegre. Foi a iniciação de Boni no meio de comunicação eletrônico. Outros nomes, consagrados no rádio e tv, também passaram pelos microfones da Rádio Clube, entre os quais Luiz Aguiar (Ex-Rádio Bandeirantes, hoje com programa na Rede Vida), Heraldo Pereira (Repórter e apresentador da Rede Globo) e Paulinho Boa Pessoa (Rádio Record e Rede Família de Televisão). A crise e o sucesso Com a chegada dos anos 60, como as demais emissoras de rádio, a PRA-7 levou desvantagem na concorrência com a televisão. Em 1962, com problemas de saúde, que o impossibilitava trabalhar com a mesma desenvoltura, José da Silva Bueno vendeu a PRA-7 para a Cruzada Mundial Evangélica, grupo religioso evangélico dos Estados Unidos. Sobre esta fase da PRA-7, Demétrio Luiz Pedro Bom destaca o controle total da programação emissora pelos pastores e o fracasso de um modo de fazer rádio: Eles não obtiveram o sucesso comercial, o sucesso de audiência esperado. Ao longo do tempo a emissora foi naufragando em prejuízos, prejuízos e prejuízos. Foi delapidando, de certa forma, sua parte técnica. Não foi renovando a sua estrutura técnica. E em 1966, Ticiano Mazzeto, então empresário de sucesso em Ribeirão Preto assumiu a PRA-7. E se isso não ocorresse a emissora estaria fadada à falência. O empresário Ticiano Mazzeto assumiu o controle acionário da emissora em primeiro de janeiro de 1967, ao lado de seus irmãos Júlio Mazzeto e Virgilio Mazzeto e implementou um programa que visava sua recuperação técnica, artística e financeira. Em 1972 foi a vez de mudar a identificação da emissora, com a supressão do prefixo PRA-7 e a adoção do prefixo ZYR 50. Era o início o trabalho de construção da marca Clube, dissociada de PRA-7, como descreveu Ticiano Mazzeto: 13 Ela sempre foi Rádio Clube, mudou só o prefixo. A diferença é que a Rádio aumentou sua potência, melhorou seu equipamento. Quando assumi a Rádio Clube, ela estava em situação difícil não só em termos de audiência, como também financeira. Aliás, foi por causa disso que ela veio parar em minhas mãos. De 67 a 72 procedemos a uma recuperação financeira e, ao mesmo tempo, contratamos os melhores nomes, os grandes valores do Rádio de Ribeirão Preto (O DIÁRIO DE NOTICIAS, 198: 5). Em 1976, Ticiano Mazzeto colocou no ar a Clube FM, a primeira emissora FM da cidade e três anos depois, em 1979, vendeu as duas emissoras para os irmãos José Inácio Gennari Pizani e Paulo de Tarso Gennari Pizani, que em sociedade com Demétrio Luiz Pedro Bom (1980) e José Roberto Vilela (1982) constituíram o Sistema Clube de Comunicação. Em 1985, em conseqüência de uma sociedade com a família do empresário Garcia Neto, tendo à frente Fábio Teixeira Cardoso, mais uma emissora passou a fazer parte do Sistema Clube: a Rádio Cultura FM. Um ano depois, em 1986, a Cultura FM passou a integrar o patrimônio do Sistema Clube de Comunicação, após os seus sócios adquirirem as cotas pertencentes à família Garcia. No ano seguinte, a Cultura FM passou a denominar-se FM Cidade, para posteriormente chamar-se Melody FM. Ainda em 1987, os empresários do Sistema Clube obtiveram a concessão de um canal de televisão. Em maio de 1988, entrou no ar a TV Clube, inicialmente retransmitindo a programação da TV Manchete, para depois filiar-se à Rede Bandeirantes de Televisão. Com a televisão surgiu o SCC Vídeo, produtora de comerciais, vídeos e programas para televisão e a SCC Geração, empresa especializada em gerar eventos esportivos para as principais redes de televisão do país. Em 1998, mais duas emissoras de rádio foram adquiridas e passaram a integrar o Sistema Clube: Rádio Clube AM e Rádio Clube FM de São Carlos. Investindo em tecnologia, marketing e mantendo um quadro de profissionais qualificados, o Sistema Clube de Comunicação10 consolida-se como um dos mais 10 À frente da diretoria do Sistema Clube de Comunicação está o Sr. José Inácio Pizani, que também exerce o cargo de Presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP). São emissoras do Sistema Clube de Comunicação: Rádio Clube AM - ZYK 639 - 660 kHz, 10.000 watts; Rádio Clube OC - ZYE 955 - 15.415 kHz, 19M, 1.000 watts; Rádio Clube FM.- ZYD 812 - Canal 263, 100,5 MHz, 30.000 watts; Rádio Melody FM - ZYD 904 - Canal 231, 94,1 MHz, 10.000 watts; Rádio Clube FM - 104,7 MHz - São Carlos; Rádio Clube AM - 1.400 kHz - São Carlos e TV Clube - ZYB 868 - afiliada à Rede Bandeirantes. 14 importantes complexos de radiodifusão do Estado de São Paulo. As emissoras de rádio do Sistema Clube operam com metas previamente estabelecidas, de produzir, comercializar e transmitir com qualidade, no conceito de rádio-business. Assim, na iminência de completar 80 anos, o Sistema Clube mantêm vivo o ideal de José Cláudio Louzada e José da Silva Bueno, expressa na determinação de seus profissionais e diretores em fazer o melhor rádio para Ribeirão Preto. Não por acaso, a Rádio Clube exerce liderança absoluta na cidade de Ribeirão Preto, no segmento AM e FM, na aferição de todas as pesquisas de Audiência. Referências Bibliográficas ROVERI, Wilson. Rádio bom demais. Ribeirão Preto: [s.n.], 1986. MARINO, Divo. O populismo radiofônico em Ribeirão Preto. 3. ed. Ribeirão Preto, SP: [s.n.], 1977. MARANHÃO FILHO, Luiz. São Paulo - o rádio de idéias. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação)- Escola de Comunicação e Artes - ECA, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. 172 f. A VOZ de Ribeirão. Diário da Manhã, Ribeirão Preto, 10 jan. 1934. A ESTAÇÃO do coração de São Paulo PRA-7. Ribeirão Preto, vae irradiar em ondas curtas. Diário da Manhã, Ribeirão Preto, 20 jun. 1935. NO AR a história do rádio. Jornal A Cidade , Ribeirão Preto, 13 jul.1982, p.9. O ANIVERSÁRIO da PRA-7. Diário da Manhã, Ribeirão Preto, 23 dez. 1937. RADIO DE Ribeirão Preto. A Cidade , Ribeirão Preto, 8 jan. 1934. RÁDIO CLUBE de Ribeirão Preto. A Cidade , Ribeirão Preto, 14 jan. 1934. RÁDIO CLUB de Ribeirão Preto - PRA-7. O Trabalho, São Simão, 14 jan. 1934. RIBEIRÃO PRETO DENTRO em breve terá uma estação radiodifusora de Ondas Curtas. A Tarde , Ribeirão Preto, 18 abr. 1938. DIÁRIO DA MANHÃ, 24 mar.1934. O DIÁRIO DE NOTICIAS. Ribeirão Preto, 27 jun.1981. p. 5. 15 Arquivos Consultados Arquivo Histórico, Ribeirão Preto/SP. Arquivo pessoal do autor, Ribeirão Preto/SP. Arquivo do Projeto Memória do Rádio de Ribeirão Preto, Curso de Comunicação Social da UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto/SP. Museu da Imagem e do Som, Ribeirão Preto/SP. Entrevistas DEMÉTRIO LUIZ PEDRO BOM. Diretor financeiro e administrativo do Sistema Clube de Comunicação. Entrevista concedida em 30 de maio de 2000. PEDRO EVARISTO SCHIAVON. Jornalista e radialista conhecido como “Porto Alegre”. Entrevista concedida em 18 de setembro de 1999. JACINTO RODRIGUES SILVA. Foi técnico da Rádio Clube durante 45 anos. Faleceu em 05 de dezembro de 2000, aos 88 anos. Entrevista concedida em 01 de junho de 2000. WILSON ROVERI. Jornalista, radialista e escritor. Entrevista concedida em 20 de setembro de 1999. RUBENS LUCCHETTI. Escritor e roteirista. Entrevista concedida em 8 de agosto de 2001. LÚCIO MENDES. Jornalista e radialista. Entrevista concedida em 14 de outubro de 1999.

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