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sábado, 29 de junho de 2024
29 /06/2024 - Adensamento e verticalização nos municípios centrais da Região Metropolitana da Baixada Santista
Olá, sou Hamilton Omar, corretor de imóveis especializado em lançamentos de médio e alto padrão na Baixada Santista, e associado à Roda Imóveis. Hoje, quero compartilhar algumas observações sobre o adensamento e a verticalização nos municípios centrais da Região Metropolitana da Baixada Santista.
O adensamento e a verticalização são fenômenos urbanos que vêm transformando significativamente os municípios centrais dessa região. Essas mudanças não só moldam o perfil urbano, mas também apresentam diversas oportunidades para investidores e moradores.
O adensamento refere-se ao aumento da concentração populacional em áreas urbanas já estabelecidas. Isso é crucial para uma utilização mais eficiente da infraestrutura existente, como transporte público, serviços de saúde e educação. Em cidades como Santos e São Vicente, o adensamento tem sido uma resposta à crescente demanda por espaços urbanos bem localizados e com fácil acesso a uma ampla gama de serviços e comodidades.
A verticalização, por sua vez, está intimamente ligada a esse processo de adensamento. Trata-se da construção de edifícios mais altos, que otimizam o uso do solo e oferecem moradias modernas e bem equipadas. Na Baixada Santista, essa tendência é particularmente visível em áreas centrais, onde a disponibilidade de terrenos é limitada, mas a demanda por moradias de qualidade continua alta.
Na Roda Imóveis, com mais de 50 anos de tradição, estamos sempre à frente dessas tendências para oferecer as melhores oportunidades aos nossos clientes. Nosso conhecimento profundo do mercado imobiliário da Baixada Santista nos permite identificar os melhores lançamentos e orientar nossos clientes a fazerem investimentos inteligentes e rentáveis.
Se você está considerando investir em imóveis na Baixada Santista, conte comigo, Hamilton Omar, e com toda a equipe da Roda Imóveis. Estamos prontos para ajudá-lo a encontrar a propriedade ideal que atenda às suas necessidades e aproveite ao máximo as vantagens do adensamento e da verticalização urbana.
Resumo
Este artigo discute o processo de verticalização e adensamento dos municípios centrais da Região Metropolitana da Baixada Santista – RMBS do estado de São Paulo e seus reflexos na estruturação socioespacial e no meio ambiente no período entre 1980 e 2010. São também apresentadas e analisadas projeções para o período de 2010-2020, a partir de dados de órgãos oficiais e do mercado imobiliário. O resultado revela que esse processo alterou a paisagem natural e atualmente reforça a segregação socioespacial com dispersão da ocupação para áreas vulneráveis ambientalmente, gerando problemas de mobilidade urbana.
verticalização; adensamento; morfologia urbana; transformações urbanas; Região Metropolitana da Baixada Santista
Introdução
O padrão de apropriação do solo nos municípios centrais da Região Metropolitana da Baixada Santista – RMBS1 (Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande) tem como característica morfológica a combinação de ocupação verticalizada e extensiva. Os municípios centrais apresentam-se conurbados e, nas duas últimas décadas, o crescimento espacial tem sido principalmente por verticalização das áreas próximas às orlas marítimas e principais eixos de circulação intraurbanos e metropolitanos.
Santos é a cidade mais verticalizada da região e do País,2 com 61,1% de domicílios em apartamentos, seguida por São Vicente (21,6%), Praia Grande (21,4%) e Guarujá (10,9%) (Sidra-IBGE, 2010). Nesses municípios, a ocupação vertical manifesta singularidades: acompanha a linha das praias e as unidades habitacionais são usadas predominantemente (à exceção de Santos e de São Vicente) para fins turísticos, constituindo residências de uso ocasional,3 que ficam ociosas na maior parte do ano. Evidencia-se, assim, a ocorrência de uma densidade populacional flutuante, havendo ociosidade de parte dos domicílios existentes em empreendimentos verticais residenciais, em especial dos próximos à orla marítima (praias). Entretanto, para a etapa da pesquisa apresentada no presente estudo serão investigadas tão somente as unidades habitacionais ocupadas por população fixa.
Esta pesquisa é desenvolvida no grupo de pesquisa Observatório Socioespacial da Baixada Santista – Observa BS,4 que é vinculado ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas – Ipeci, da Universidade Católica de Santos – UniSantos, em parceria com o grupo de pesquisa Processo de Produção do Espaço Construído e o Laboratório Quadro do Paisagismo no Brasil – Quapá da FAU-USP.
O objetivo geral da pesquisa, nesta primeira etapa, é compreender as principais estruturas da forma urbana nos municípios centrais da RMBS (Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande), a partir dos processos de urbanização e transformação morfológica do espaço urbano, com ênfase nas formas e tipologias de verticalização e sua relação com concentração de população.
Como objetivos específicos, procura-se compreender o processo de produção habitacional por verticalização, em especial no período de 1980-2010, com algumas prospecções para o intervalo 2010-2020. Entre 1980 e 2010, evidenciaram-se alterações no perfil demográfico dos municípios, especialmente em Praia Grande, conhecida por sua função predominantemente turística, mas que vem, nas últimas décadas, experimentando processo de fixação da população. Estuda-se a relação da verticalização com o adensamento demográfico e com a produção imobiliária, bem como são levantados pontos para reflexão dos impactos socioespaciais e ambientais desse processo no conjunto dos municípios centrais da RMBS.
Este trabalho está dividido em três partes. Na primeira seção, aborda-se o processo histórico de produção e de transformação do espaço urbano a partir da década de 1950, quando teve início o processo de verticalização das faixas junto às praias e as mudanças na configuração das orlas dos municípios centrais. Na segunda seção, é feita uma análise da evolução da ocupação, com ênfase no crescimento espacial e em sua relação com os acréscimos de população no período de 1980-2010, quando se intensificou e consolidou o processo de metropolização, muito em função de fluxos migratórios e do crescimento urbano, que derivou na institucionalização da RMBS em 1996. Na terceira seção, são apresentadas algumas prospecções referentes ao processo de crescimento demográfico e da produção do mercado imobiliário para o período de 2010-2020, com a finalidade de verificar quais alterações na dinâmica de ocupação da região estão em curso.
Nas Considerações finais, são apresentadas constatações em face dos objetivos propostos, assim como são formuladas recomendações e novas indagações para dar sequência à pesquisa nas suas próximas etapas junto ao Observa BS da UniSantos e parceiros da FAU-USP.
Produção e transformação do espaço urbano
A área central da Região Metropolitana da Baixada Santista, composta pelos municípios de Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão,5 localiza-se no litoral do estado de São Paulo, próximo do centro econômico mais dinâmico do País. Esses municípios, que se apresentam conurbados e polarizados por Santos, constituem, por sua vez, a parte economicamente mais dinâmica do litoral paulista, por abrigarem o Porto de Santos e o Polo Petroquímico de Cubatão e pelas atividades do turismo balneário.
Durante três séculos, Santos teve como função a defesa do território colonial e serviu, através de seu porto, de modesto entreposto por onde entravam mercadorias demandadas pelos habitantes do planalto paulista. Até o início do século XX, manteve os limites da área ocupada nas primeiras décadas de sua fundação.
O processo que originou o primeiro período de dinamismo da região ocorreu a partir do final do século XIX, quando o porto de Santos se tornou o canal de escoamento do café, principal produto de exportação brasileiro no período. Formou-se, então, a Santos contemporânea, estimulada com a implantação da ferrovia São Paulo Railway, em 1867, ligando Santos e as áreas produtoras de café no planalto. Iniciativa que estava articulada à construção do porto organizado (no lugar de precários trapiches) e a investimentos em infraestrutura urbana, que permitiram que a cidade se expandisse para além dos limites coloniais ( Viana, 2010 ). Santos e Guarujá foram pioneiras na atividade turística, facilitada pela ligação ferroviária com São Paulo e com o interior, tornando-se locais de descanso e de lazer da elite cafeeira.
Um novo período de dinamismo econômico no País e na região da Baixada Santista iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial com a diversificação da economia, através de investimentos que fortaleceram as funções portuárias, industrial e turística. Nesse momento, o parque industrial da capital passou a se expandir para outros municípios da Grande São Paulo e para o interior, seguindo os antigos eixos ferroviários e os novos eixos rodoviários implantados no final da década de 1940, intensificando o processo de urbanização (ibid.).
A implantação do polo industrial de Cubatão derivou desse processo, em particular com a inauguração da rodovia Anchieta (1947), que melhorou o fluxo entre o litoral e o planalto, impulsionando, também, o desenvolvimento do turismo de massas nas praias da região. O porto de Santos cresceu em extensão com a construção do cais do Saboó e com a substituição dos antigos guindastes por equipamentos mais modernos, o que levou ao aumento da sua capacidade de movimentação de cargas (ibid.).
Com a introdução do modelo urbano-industrial que impulsionou a urbanização das cidades brasileiras, combinando crescimento das atividades econômicas e expansão da malha urbana, em decorrência do intenso processo migratório, ocorreu a fragmentação da divisão político-administrativa dos municípios de origem da região (ibid.). Distritos emanciparam-se tornando-se municípios entre o final das décadas de 1940 e 1960.6
Esse processo de emancipação de territórios de Santos e São Vicente deu origem aos municípios de Guarujá, Cubatão, Itanhaém, Praia Grande, Mongaguá e Peruíbe. Santos desenvolveu-se urbanisticamente na Ilha de São Vicente nos vazios urbanos ainda existentes na época. Contudo esse desenvolvimento urbano não se limitou a Santos, transbordando para os municípios de São Vicente e o recém-criado Guarujá, com a ocupação do distrito de Vicente de Carvalho.
Altamente relevante é o papel que Santos passou a ter na dinâmica do crescimento regional a partir dos anos 1960. A parte leste do município (limitada pelo porto, pelo maciço de morros e pelas praias) começou a ser urbanizada, nos primeiros anos do século XX, com o Plano de Saneamento de Saturnino de Brito. Implantaram-se sistemas de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgotos sanitários, além de sistema de drenagem urbana que permitiu o aproveitamento de uma vasta área, antes alagadiça, para fins urbanos. Com a onda migratória de meados do século XX, impulsionada pela implantação do polo industrial de Cubatão, pela ampliação das instalações portuárias e pela construção civil, os terrenos vazios localizados na porção urbanizada foram ocupados por residências de trabalhadores portuários e industriais mais qualificados. Os segmentos de baixa renda fixaram moradia na porção não urbanizada, autoconstruindo em terrenos abaixo da quota do mar e sujeitos às inundações e em encostas de risco dos morros de Santos, processo que se estendeu para a vizinha São Vicente e para o distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá ( Carriço, 2015 ). Esse processo ocupou extensivamente áreas ambientalmente vulneráveis e resultou na paulatina supressão e degradação de partes do bioma Mata Atlântica.
O turismo de massas, fruto da ampliação da classe média no período da industrialização do País, foi responsável pela criação de novos municípios. A atividade do turismo balneário7 instalou-se primeiramente em Santos, São Vicente e Guarujá, para, em seguida, com a implantação de novos acessos ao planalto e entre os municípios da região, expandir-se em direção ao sul e ao norte do litoral, dando origem a seis dos nove municípios da região, inclusive Praia Grande, hoje conurbada e parte integrante da área central da região ( Rios, 2019 ).
Para responder à grande demanda do turismo de massas, o mercado imobiliário construiu, em larga escala, unidades habitacionais destinadas a segundas residências, com máximo aproveitamento das faixas junto às orlas das praias, para acomodar prédios de apartamentos de temporada, inicialmente verticalizando as praias de Santos, São Vicente e Guarujá. O fenômeno ocorreu um pouco mais tarde em Praia Grande, que, a partir da década de 1960, transitou rapidamente de uma economia de base rural para terciária ( Rios, 2019 ).
Esse fenômeno provocou mudanças na legislação urbanística, sob a pressão do mercado imobiliário, que resultaram na redução de recuos e no aumento da ocupação dos lotes. Os altos coeficientes construtivos utilizados criaram, nos municípios da região, o que Seabra (1979) denominou “muralha que cerca o mar”.
Referindo-se ao município de Santos, Araújo Filho (1965, p. 40) observa que:
Essa linha de arranha-céus [...] constitui um novo tipo de ocupação do espaço urbano, agora no sentido vertical [...] esses prédios de apartamentos representam não só o mais recente tipo de ocupação das praias santistas, como o mais representativo de uma das quatro funções da cidade: o veraneio.
Em três décadas, as feições das orlas das praias sofreram alterações intensas
O processo de verticalização ao longo das praias produziu primeiramente unidades voltadas à população flutuante e, em seguida, atendeu moradores fixos de alta renda ( Seabra, 1979 ).
Percebe-se a expressão da atividade turística no volume de domicílios de uso ocasional. Nos municípios de Santos e São Vicente, os domicílios de população fixa são numericamente superiores aos de uso ocasional (segunda residência), enquanto, em Guarujá e Praia Grande, é acentuada a presença destes últimos, com impacto sobre as estruturas instaladas, que ficam ociosas a maior parte do ano ( Quadro 1 ) em função da sazonalidade do turismo balneário.
Embora o Censo Demográfico IBGE de 2010 tenha revelado elevado percentual de domicílios de uso ocasional em Praia Grande, quando comparado aos demais municípios, observa-se crescimento de sua população fixa nas últimas décadas devido à migração de moradores de Santos (principalmente) e de São Vicente ( Quadro 2 ). Repete-se o mesmo fenômeno experimentado nos anos 1960 em relação aos vizinhos de Santos, só que agora a migração para Praia Grande é liderada por segmentos de classe média ( Jakob, 2004 ), movimento puxado principalmente por jovens casais diante do alto custo para compra de imóvel em Santos. Em 2010, o acréscimo de população elevou o número de moradores de Praia Grande a níveis próximos aos de São Vicente e Guarujá
A legislação urbanística teve papel relevante na construção do modelo de verticalização, pois, até a década de 1970, quando se consolidou o processo de urbanização, os municípios adotaram parâmetros de uso e ocupação nas faixas próximas às praias, que atribuem a esses espaços características de excelência ambiental ( Carriço, 2002 ), de grande interesse do mercado imobiliário. Tais conceitos embasam até hoje os dispositivos legais que orientam o crescimento dos municípios centrais, gerando maior valorização e especulação imobiliárias nas zonas próximas à orla das praias.
Crescimento espacial e crescimento demográfico no período de 2000-2010
Os efeitos da expansão da malha urbana regional, em função da diversificação da economia da RMBS, aparecem nos números dos censos demográficos a partir dos anos 1980, quando ocorre perda do ritmo de crescimento populacional de Santos e aumento de habitantes dos municípios de São Vicente, Guarujá e principalmente Praia Grande, como mostra o Quadro 2 .
A inflexão do crescimento de Santos decorreu da dinâmica de preços dos imóveis no município e marca o reforço do processo de dispersão da ocupação regional iniciado na década de 1960 (ver seção anterior). Segmentos de menor renda migram para os municípios vizinhos onde os imóveis são mais baratos e onde ainda é possível ocupar de forma irregular áreas que não são do interesse do mercado imobiliário. O Gráfico 1 mostra a alteração da distribuição populacional e permite comparar a perda de posição de Santos na distribuição demográfica regional no período de 1980 a 2010 e o avanço da participação dos demais municípios, com destaque para Praia Grande.
Ao mesmo tempo que há uma estabilidade com pouco crescimento demográfico, Santos apresentou uma crescente produção de domicílios de ocupação permanente semelhante aos outros três municípios. Apesar de Santos ser a maior cidade em termos populacionais e de desenvolvimento econômico, foi a que teve o menor crescimento, tanto em proporção como em números absolutos, em demografia, tendo um acréscimo de apenas 2.719 novos habitantes e produção de domicílios com 37.839 novas habitações de ocupação permanente entre 1980 e 2010.
Em contraponto, Praia Grande foi o município com o maior crescimento demográfico com 66.011 habitantes, em 1980, para 261.051, em 2010, multiplicando por quase quatro vezes a população. Já a proporção de produção de habitações de ocupação permanente é ainda maior: em 1980 havia 16.144 domicílios e, em 2010, já estavam em 83.513, tendo sido multiplicados por cinco vezes.
Na escala regional, observa-se queda no acréscimo de pessoas no intervalo 1991-2010 e, praticamente, as mesmas taxas no ritmo do incremento de domicílios de 1980 a 2010
Quanto ao número médio de pessoas por domicílio, a queda que aconteceu no Brasil (de 3,79 pessoas/domicílio,8 em 2000, para 3,37 pessoas/domicílio em 2010)9 repete-se em escalas diferentes nos municípios centrais da RMBS,
O descompasso entre acréscimo de pessoas e de domicílios em Santos fica evidente quando os números são analisados de forma mais detalhada. Em 2000, a média em Santos era de 3,17 pessoas/domicílio, com uma população total de 416.347 habitantes e 131.324 domicílios. Já, em 2010, a média caiu para 2,89 pessoas/domicílio num total de 417.864 habitantes e de 144.715 domicílios, apresentando um crescimento negativo de -8,8% na média de pessoas por domicílios, de apenas 0,36% no crescimento populacional, mas de 10,2% em relação ao crescimento de domicílios.
Santos concentrou os domicílios em apartamentos e que ocorre a expansão da produção dessa tipologia em Praia Grande, na faixa próxima à praia. Vale destacar o aparecimento de empreendimentos verticais nas periferias dos municípios, em particular São Vicente e Praia Grande, oriundos da produção pública de conjuntos habitacionais da Cohab Baixada Santista e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de SP (CDHU-SP).
No tocante à ordem de grandeza do crescimento espacial, a incidência dos domicílios em apartamentos nos municípios centrais em 2010. Santos é a cidade mais verticalizada. Concentrou apartamentos, acumulando proporcionalmente o dobro da soma de apartamentos dos demais municípios.
observa-se que, no intervalo 2000-2010, Santos concentrou a produção de domicílios em apartamento e que Praia Grande (principalmente) e São Vicente estão em processo de verticalização.
Em suma, desde a década de 1960 o alto preço dos imóveis em Santos tem sido indutor da migração de população para os municípios vizinhos. Em 2019, enquanto o preço médio do metro quadrado próximo às praias nos municípios da área central da região era R$5,8 mil, em Santos, o valor alcançava R$7,5 mil ( A Tribuna , 2019). Esses preços repercutem nos demais municípios e ditam os valores no restante do território, influenciando a dinâmica que tem induzido a contínua verticalização, sobretudo de Praia Grande.
Projeções de crescimento espacial e demográfico 2010-2020
Antes de apresentar os dados desta seção, é importante ressaltar que os melhores dados relacionados a demografia e domicílios de uso permanente é o censo. Entretanto, o censo de 2020 não foi realizado por questões de cuidado com a saúde pública, por conta da pandemia e por questões orçamentárias. Como substituto para esse estudo, o melhor material estatístico encontrado foi o “Plano Municipal de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, 2017-2046” (Município..., 2017), do qual muitas das projeções estatísticas foram extraídas de Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), solicitada por Sabesp.
Projeções da Seade para a Sabesp, para o período de 2010-2020, apontam discreto aumento das taxas geométricas de crescimento anual para os municípios de Santos, São Vicente e Guarujá , que, desde 1991, vinham em declínio . Para Praia Grande, a projeção é de queda no ritmo de crescimento populacional que, mesmo assim, estima-se que apresente índice bem superior aos demais municípios.
Quanto aos domicílios, as projeções apontam que a relação de novos domicílios e acréscimo de pessoas não apresentará alterações significativas em relação ao período anterior, exceto para Santos.
Com base nessas projeções, Santos deverá experimentar reversão na discrepância verificada no período 2000-2010. Para um acréscimo de 9.315 pessoas, estima-se um aumento de 9.429 domicílios. Para Praia Grande, as projeções indicam redução do número de pessoas e de novos domicílios produzidos em relação ao período anterior.
Na primeira metade do período em análise, o mercado imobiliário local foi fortemente influenciado pela expectativa de nova ampliação do porto e com a exploração de petróleo e gás na bacia de Santos, que, inclusive, gerou a instalação de um escritório de negócios da Petrobras em Santos, com a construção de uma sede da Petrobras no bairro do Valongo, Centro tradicional da cidade. “A Baixada Santista tem os olhos voltados para o futuro, pois as perspectivas são ainda melhores com a exploração de petróleo e gás na bacia de Santos” ( Zarif, 2012 ).
Em nível nacional, o mercado vivia momento de grande estímulo à produção habitacional com a retomada, a partir de 2002, do financiamento imobiliário com recursos das cadernetas de poupança, em crise desde 1986, quando o Banco Nacional de Habitação – BNH foi extinto. “O crescimento do financiamento foi exponencial” ( Meyer et al., 2013 ).
Em 2007, as operações foram alavancadas com ampliação do número de famílias em face da redução de taxas de juros e das prestações. “As incorporadoras aumentaram a oferta para a classe média e passaram a atuar em novos segmentos de renda” (ibid.).
Nesse clima, Santos produziu, no início da década, 53,1% dos domicílios da região e Praia Grande, 32,7%. Em Santos, destaque para unidades de 2 e 3 dormitórios e também de 4 dormitórios, estes enquadrados na categoria alto padrão, cuja produção foi estimulada pelos “bons ventos” que sopravam sobre a economia local e nacional. Em Praia Grande, produziram-se 2 e 3 dormitórios e o maior quantitativo regional de unidades de 1 dormitório ( Zarif, 2012 apud AECweb, 2012 ).
No ranking das 14 cidades brasileiras com o preço de venda do metro quadrado mais caro nos anos de 2013 e 2014 (Yasbek, 2016, apud Marun e Viana, 2020 ),10 Santos ficou em oitavo lugar em 2013, com o preço do m2 avaliado em R$6.230; São Vicente aparece em décimo primeiro lugar, com o preço do m2 avaliado em R$5.500; e o Guarujá, em décimo terceiro lugar, com o preço do m2 avaliado em R$5.320. Já, em 2014, só o município de Santos aparece na lista e em décimo quarto lugar, com o preço do metro quadrado avaliado em R$4.876. Ao comparar os dados, percebe-se que, no período de apenas um ano, entre 2013 e 2014, o valor do m2 sofreu uma grande queda em função da crise política e financeira vivenciada pelo País, gerando um processo de recessão econômica (ibid.).
No período de 2013 a 2015, segundo o Secovi-SP (2016) , Praia Grande mostrou o melhor desempenho em lançamentos e vendas, apesar de 2015 marcar a retração dos negócios do mercado imobiliário em face do aumento da inflação e das taxas de juros, fatores que influenciaram no volume de lançamentos e vendas (Petruci, 2015).
No entanto, a partir de então, Praia Grande passou a liderar a produção, com 50% dos novos domicílios, seguida por Santos com 33%, Guarujá com 13% e São Vicente com 4%. Inicia-se a fase em que Praia Grande supera Santos em lançamentos e vendas de unidades habitacionais ( Secovi, 2016 ).
Hoje, 99,5% dos domicílios produzidos por incorporadoras nos municípios centrais são verticalizados. Imóveis horizontais formam 1,78% dos lançamentos ( Zarif, 2014 ).
No mapa da Figura 12 , vemos os empreendimentos verticais construídos no intervalo de 2009-2020 nos municípios centrais estudados. Examinando as características tipológicas e a distribuição nos municípios, nota-se que, em Santos, os novos empreendimentos concentraram-se na porção leste da cidade e estão avançando em direção às áreas residenciais degradadas do antigo centro. As tipologias predominantes são os edifícios de 10 a 20 pavimentos e de 20 a 30 pavimentos. Em São Vicente, sobressai a produção de edifícios de 4 pavimentos, muitos ocupando áreas com problemas de drenagem, que causam recorrentes transtornos na cidade como um todo. Em Praia Grande, foram produzidos predominantemente edifícios de 10 a 20 pavimentos, próximos à praia.
No que diz respeito à ordem de grandeza, elaborado com base nos dados , permite ver a incidência das várias tipologias no conjunto dos municípios centrais. Observa-se predomínio das altas densidades construtivas, em particular de edifícios entre 10 e 20 pavimentos.
Neste período de 2010 a 2020, não só se manteve a lógica da “muralha que cerca o mar” como ela teve um crescimento intenso com a maioria das novas edificações e principalmente pelas mais altas se encontrarem a até 1 km de distância da orla da praia. No Guarujá, com exceção de um complexo de conjuntos habitacionais ao norte do bairro do Jardim Virgínia e do Condomínio Rouxinol, no bairro Jardim dos Pássaros, todos os novos edifícios residenciais foram construídos até 750 metros da orla da praia.
Na Praia Grande, esse fenômeno é ainda mais intenso. Das 356 novas edificações identificadas, 339 estão entre a orla da praia e a avenida Presidente Kennedy, que corre em paralelo a 650 metros de distância em média; apenas 17 edificações estão um pouco mais distantes.
Em Santos e São Vicente, esse fenômeno também se observa, mas de maneira menos intensa e clara, pois se encontram novas edificações por todo o território urbano dos municípios. Em São Vicente, os edifícios mais altos, de 10 a 40 pavimentos, que totalizam 14, estão localizados até, no máximo, 1 km da praia do Gonzaguinha no bairro central da cidade. As demais 141 novas edificações são habitações de interesse social (HIS) e pequenas edificações, também residenciais, produzidas pela iniciativa privada; todas com 4 ou 5 pavimentos e espalhadas pelo tecido urbano. A população local chama tais edificações, carinhosamente, de “Predinhos”.
Em Santos, a maioria dos edifícios também foi produzida próximo à orla da praia numa distância de até 1,4 km. Mas a produção desses edifícios se deu de maneira muito mais homogênea em toda a área urbana de Santos do que nos demais municípios da pesquisa. Se analisarmos a área da orla da praia até as avenidas General Francisco Glicério e Affonso Penna, cuja distância máxima é de 1,57 km, foram produzidos 163 edifícios, 56,99% dos 286 produzidos em todo o município de Santos. Da mesma forma que em São Vicente, em Santos a maior discrepância está na tipologia das edificações, a maioria de 4 a 10 pavimentos, produzidas ao norte das avenidas General Francisco Glicério e Affonso Penna. Já a maioria das edificações com mais de 11 pavimentos foi produzida entre essas avenidas e a orla, e todas as edificações com mais de 30 pavimentos estão a menos de 600 metros da praia.
Considerações finais
Os estudos elaborados nessa fase da pesquisa denotam que o processo de verticalização e adensamento dos municípios centrais da Região Metropolitana da Baixada Santista vem sofrendo alterações desde os anos 1980, com reflexos na estruturação socioespacial e no meio ambiente. As alterações observadas não ocorrem no modelo de desenvolvimento e expansão, que continua produzindo verticalização e dispersão regional, mas no direcionamento da verticalização.
Embora nas últimas décadas, Santos tenha perdido posições no quantitativo populacional da região, em decorrência da redução do ritmo de crescimento demográfico anual, o município mantém-se como polo regional, concentrando a melhor infraestrutura, equipamentos urbanos e as principais atividades econômicas geradoras de empregos. Todavia Santos continua expulsando a população mais jovem e de menor renda para outros municípios, em especial São Vicente e Praia Grande, o que gera aumento da mobilidade pendular entre Santos e os demais municípios.
Em contrapartida, Praia Grande cresce com fixação de sua população residente, que ocorre por extravasamento de moradores de Santos, fazendo com que o município transite do uso predominantemente turístico para residencial, em vias de tornar-se “cidade-dormitório”, assim como São Vicente.
Em Santos, a produção do mercado imobiliário está verticalizando a última fronteira de expansão residencial da porção leste da ilha (também chamada de porção nobre) e avança em torno do eixo da linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos – transporte rápido de média capacidade) que liga Santos e São Vicente. No entanto, não avança para o oeste do território santista, conhecido como zona noroeste, onde, além da continuidade geográfica, os imóveis são mais baratos, muito em função da má qualidade da infraestrutura instalada e de parte dos terrenos ainda se situar em cotas abaixo do nível do mar e, portanto, sujeita a inundações. A ação do poder público na correção desses problemas tem sido lenta e descontínua – há projetos desde pelo menos a década de 1990 que só recentemente começaram a ser tirados do papel. O mercado imobiliário não tem mostrado interesse em investir nessa área, em que imóveis verticalizados têm sido produto exclusivo da produção pública de conjuntos habitacionais empreendidos pela Cohab e pela CDHU. A zona noroeste é a região de Santos que concentra a maior parte dos conjuntos habitacionais, desde a década de 1970, e cerca de 120 mil habitantes, que representam quase 30% da população do município.
Em decorrência disso, a nova fronteira de expansão residencial de Santos ignora a continuidade geográfica. Guiada pelos interesses do mercado imobiliário, a expansão residencial “dá um salto” sobre as áreas próximas dos empregos, ultrapassa a barreira do canal que separa a ilha de São Vicente e o continente e alcança Praia Grande, que passou a ter os vazios junto à orla da praia ocupados por empreendimentos residenciais verticais. As áreas onde ocorre adensamento são as originalmente destinadas às denominadas segunda residências, as quais, desde o início do processo de urbanização, são ocupadas seguindo combinação de parâmetros legais e investimentos públicos que as tornam espaços de excelência.
Assim, a verticalização da ocupação regional tem reforçado a monofuncionalidade e a dependência do automóvel nos deslocamentos, levado a um maior tempo gasto nas viagens pendulares e agravado os problemas de mobilidade e poluição veicular em Santos. Esses problemas atingem também São Vicente, área de passagem entre Praia Grande e Santos.
Do ponto de vista socioespacial, é possível observar indícios de gentrificação tanto em Santos como em Praia Grande, o que aponta para a necessidade de novas indagações que permitam verificar possíveis efeitos territoriais desse fenômeno.
Referências
AECweb (2012). Secovi-SP apresenta estudo do mercado imobiliário da Baixada Santista. AECweb. Disponível em:
quinta-feira, 27 de junho de 2024
27 de Junho de 2.024 - O desafio de viver de aluguel (para sempre) e criar um futuro financeiro sólido. Jason Del Rey The New York Times.
Comento...
( https://www.infomoney.com.br/business/global/o-desafio-de-viver-de-aluguel-para-sempre-e-criar-um-futuro-financeiro-solido/)
O Desafio e a Oportunidade de Viver de Aluguel: Um Olhar Otimista para os Brasileiros
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A vida moderna requer cada vez mais flexibilidade e mobilidade, seja por mudanças de emprego ou pela busca de melhores oportunidades de educação e qualidade de vida. Viver de aluguel permite que você se mova com facilidade, sem as amarras de um financiamento imobiliário de longo prazo.
Oportunidades de Carreira:
A economia brasileira está em constante evolução, com novos polos tecnológicos e industriais surgindo em várias regiões. Morar de aluguel facilita a relocação para essas áreas emergentes, onde as oportunidades de emprego podem ser mais abundantes e remuneradoras.
Gestão Financeira Inteligente
Investimento em Diversificação:
Em vez de comprometer uma grande parte do orçamento familiar com a compra de um imóvel, alugar pode liberar recursos para investimentos diversificados. O mercado financeiro brasileiro oferece uma variedade de opções, como ações, fundos imobiliários, CDBs e Tesouro Direto, que podem proporcionar retornos robustos e contribuir para a construção de um patrimônio sólido.
Economia em Manutenção e Impostos:
Ser proprietário de um imóvel implica custos significativos com manutenção, reformas e impostos como o IPTU. Ao viver de aluguel, esses encargos são evitados, permitindo uma maior economia que pode ser direcionada para investimentos ou outras necessidades.
Construção de Riqueza a Longo Prazo
Planejamento Financeiro Sólido:
A chave para um futuro financeiro seguro não reside apenas na posse de um imóvel, mas em um planejamento financeiro bem estruturado. Utilizar ferramentas como calculadoras de aposentadoria e consultores financeiros pode ajudar a planejar uma aposentadoria confortável, mesmo sem um imóvel próprio.
Foco em Liquidez:
Investir em ativos líquidos, como ações e fundos, proporciona maior flexibilidade para ajustar sua carteira conforme as necessidades e mudanças no mercado. Esta abordagem permite uma resposta rápida a oportunidades de investimento e proteção contra crises econômicas.
Um Novo Olhar para o Futuro
Mudança de Mentalidade:
A mentalidade tradicional de que a casa própria é a única forma de segurança financeira está sendo desafiada. Cada vez mais brasileiros estão percebendo os benefícios de viver de aluguel, especialmente em um mercado imobiliário volátil.
Histórias de Sucesso:
Há muitos exemplos de brasileiros que alcançaram sucesso financeiro vivendo de aluguel e investindo sabiamente. Essas histórias mostram que é possível construir um futuro próspero sem a necessidade de possuir um imóvel, desde que haja disciplina e planejamento financeiro.
Conclusão
Viver de aluguel no Brasil pode ser uma decisão estratégica e vantajosa, oferecendo flexibilidade, maior capacidade de investimento e uma gestão financeira mais eficiente. Com um planejamento adequado e uma mudança de mentalidade, é possível construir um futuro financeiro sólido e próspero, mesmo sem a casa própria. Adotar essa abordagem pode ser a chave para transformar desafios em oportunidades, garantindo uma vida mais tranquila e financeiramente segura.
quarta-feira, 26 de junho de 2024
26 de Junho de 2024 - FEBRABAN 2024 -
Começou ontem a FEBRABAN, a abertura do evento foi feita por CEOs de bancos com a participação de Isaac Sidney, presidente da Febraban
Edição histórica contará com palestras da futurista Amy Webb, Esther Duflo, Prêmio Nobel de Economia, e Hortência Marcari, do basquetebol brasileiro
O FEBRABAN TECH 2024, maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro, abre as portas ao público para três dias de intensa troca de informações, atrações, networking, tecnologia, debates e capacitação, no Transamerica Expo Center, em São Paulo.
Sob o tema central "A Jornada Responsável na Nova Economia da IA”, o encontro levanta a questão do uso ético da inteligência artificial pelas instituições para garantir o desenvolvimento de novas soluções e ofertas, além da segurança. As atrações em destaque deste ano são a futurista Amy Webb; a Prêmio Nobel de Economia, Esther Duflo; e Hortência Marcari, rainha do basquetebol brasileiro.
A abertura aconteceu ontem (25), às 10h, e foi seguida do painel “Presidentes dos bancos destacam avanço da IA e as práticas ESG como benefícios para a sociedade e os negócios”, com a presença do presidente da Febraban, Isaac Sidney. Serão debatidas as expectativas em relação ao avanço da Inteligência Artificial e como as práticas ESG impulsionam a resiliência e a competitividade econômica. Presenças confirmadas de Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil; Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco; Marcelo Noronha, diretor-presidente do Bradesco; Mario Leão, CEO do Santander Brasil; e Carlos Vieira, presidente da Caixa.
Hoje (26) começou com a discussão “A disrupção da IA no setor financeiro na visão dos CIOs dos bancos” entre Christian Flemming (BTG Pactual), Edilson Reis (Bradesco), Laércio Roberto Lemos de Souza (Caixa), Marisa Reghini (Banco do Brasil), Ricardo Guerra (Itaú Unibanco), Luis Bittencourt (Santander Brasil). Às 10h, no Auditório Febraban, os líderes de tecnologia dos bancos avaliam a disrupção provocada pela inteligência artificial generativa e seu impacto nos serviços bancários aos clientes.
A segunda parte da “Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024”, realizada pela Deloitte, aconteceu no evento realizado no dia 26/06, às 13h30, na sala de coletiva de imprensa.
Serão divulgados os dados sobre o comportamento do cliente com os canais de atendimento bancários (digitais e físicos), dados de Pix, contas e clientes, Open Finance e Seguros. Na primeira parte da pesquisa, divulgada em abril desse ano, foi estimado investimento pelos bancos de R$ 47,4 bilhões em tecnologia em 2024. A segurança cibernética é prioridade estratégica para 100% dos bancos entrevistados. A pesquisa também será apresentada no dia 27, às 10h, em painel no Auditório Febraban.
O dia se encerra com a grande atração – a Prêmio Nobel de Economia, Esther Duflo. No Auditório Febraban, às 17h15, Duflo traz ao FEBRABAN TECH exemplos de como incentivos econômicos pequenos podem gerar um grande impacto social, reduzindo a pobreza, além de destacar os impactos negativos do aquecimento global especialmente a países pobres. Ela estará no palco ao lado de Maurício Minas, do Bradesco.
O último dia do evento, 27, terá grandes atrações. A primeira delas é a palestra de Amy Webb, fundadora do Instituto Future Today, ao lado de Luis Bittencourt, do Santander Brasil, no Auditório Febraban, às 11h15. “IA: mudando o curso da história humana” é o tema que discute a revolução que a inteligência artificial irá causar nas empresas ou na sociedade. Ainda sem respostas concretas sobre isso, Amy Webb projeta como a inovação mudará o curso da história humana.
A jornalista Glenda Kozlowski recebe o grande destaque do basquete brasileiro, Hortência Marcari, às 14h45, no Auditório Febraban, para uma conversa sobre a influência dos avanços tecnológicos na definição dos limites no desempenho esportivo, com expectativas de novos recordes nos próximos Jogos Olímpicos. No entanto, surge a questão: onde se encontra o Brasil? Estamos alinhados com os avanços globais ou ainda carecemos de uma maior profissionalização? Para analisar esse panorama, Hortência, compartilha suas percepções sobre o estado atual do esporte brasileiro e suas expectativas para os Jogos de Paris.
O FEBRABAN TECH 2024 será uma edição histórica. São 19.681 m² de área construída, crescimento de mais de 50% em relação ao ano passado. A área de exposição também aumentou de 5.506 m² para 6.630 m², avanço de 20%. Serão 226 áreas de exposição – foram 188 em 2023 - e 8 auditórios.
Temas em destaque este ano:
- IA Responsável: confiança, segurança e a transformação nos negócios
- Open Finance, Pix... Brasil molda cenário financeiro global
- DREX: oportunidades e tendências emergentes na economia tokenizada
- A visão futura dos bancos na garantia da cibersegurança
- A inteligência de dados na decisão da fidelidade do cliente
- Velocidade, confiabilidade e inteligência da conectividade impulsionam próxima geração de serviços financeiros
- Agilidade, eficiência e custo como metas na multiplicação da nuvem
- Cross industry: o digital expande e conecta mercados
- Agro 5.0 e o papel transformador da tecnologia financeira
- Empatia + tecnologia: o novo profissional do presente
- O caminho ESG no Brasil – transição, inclusão e equidade
- Parceria fintechs e bancos fortalece setor e promove inclusão
fonte; DFREIRE Comunicação e Negócios
terça-feira, 25 de junho de 2024
25 de junho de 2024 - Construtoras De Portugal Estão Vindo Ao Brasil Com Pressa Para Achar Funcionários
A indústria de móveis de Portugal enfrenta uma grave crise de mão de obra, com necessidade urgente de preencher três mil vagas nos próximos três a quatro anos. Esse alerta foi emitido por Gualter Morgado, diretor executivo da Associação Portuguesa de Indústrias de Mobiliário e Afins (Apima), destacando a saída iminente de trabalhadores devido a aposentadorias que exigirá uma rápida reposição.
Segundo Morgado, o setor, concentrado principalmente nos arredores do Porto e Braga, tem recorrido ao Brasil em busca de novos talentos. A mão de obra brasileira tem sido uma alternativa, porém o processo de recrutamento e adaptação demanda tempo significativo devido à necessidade de formação especializada.
“A indústria está enfrentando um desafio duplo: a escassez de trabalhadores qualificados e o processo lento de integração de novos profissionais”, explicou Morgado. Ele ressaltou que a recente reforma no sistema de imigração, que visa simplificar a regularização de brasileiros e africanos da CPLP, ainda não conseguiu resolver de forma eficaz as necessidades do setor.
Obstáculos impedem trabalhadores
O problema é agravado pelo fenômeno dos “nem-nem”, indivíduos que não trabalham nem estão em busca de emprego, além de outros obstáculos estruturais como salários defasados frente à inflação imobiliária e altos impostos sobre renda e folha de pagamento.
Dados do Instituto Nacional de Estatística revelaram um aumento populacional impulsionado pelo saldo migratório positivo, enquanto o saldo natural continua negativo, indicando uma dependência crescente da imigração para suprir demandas no mercado de trabalho.
Políticas Públicas
Diante desse cenário complexo, a Apima e outras entidades do setor têm pressionado por políticas públicas.
As demandas incluem agilização do processo de formação e integração de novos trabalhadores, garantindo assim a sustentabilidade e competitividade das empresas de móveis em Portugal nos próximos anos.
segunda-feira, 24 de junho de 2024
24 de Junho de 2024 - Informe economico.
Olá, Li o artigo "Taxas de CDBs prefixados pisam no acelerador e atingem 1,14% ao mês" de Leonardo Guimarães no InfoMoney e achei interessante a análise das taxas de CDBs emitidos recentemente. O levantamento da Quantum Finance mostra que os CDBs prefixados estão com taxas mais altas, enquanto os pós-fixados estão pagando menos, refletindo a expectativa de manutenção da Selic em 10,50% ao ano.
Os CDBs prefixados estão especialmente atraentes para investimentos de prazo intermediário, com destaque para os títulos de 36 meses, que agora oferecem uma taxa média de 12,40% ao ano. Em contrapartida, os CDBs pós-fixados tiveram uma queda nas taxas em quatro dos cinco vencimentos analisados, com exceção dos mais longos, de 36 meses, que subiram levemente.
Os ativos atrelados ao IPCA também apresentaram uma alta nas taxas, seguindo a tendência de abertura das curvas de juros. O artigo foi bem detalhado e fornece um panorama claro sobre as tendências atuais do mercado de CDBs, ajudando a entender melhor as opções de investimento conforme o cenário econômico se desenvolve.
segue na integra...
Taxas de CDBs prefixados pisam no acelerador e atingem 1,14% ao mês.
Levantamento de taxas dos ativos bancários emitidos entre 5 e 19 de junho mostra que, por outro lado, ativos pós-fixados passaram a pagar menos.
( Fonte: www. infomoney. com.br - autor: leonardo-guimaraes )
As taxas dos CDBs prefixados seguem em alta, enquanto os ativos bancários acompanham o movimento dos títulos públicos. Ao mesmo tempo, os pós-fixados devolveram parte do prêmio depois que o mercado passou a precificar a manutenção da Selic em 10,50% ao ano.
Um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney mapeou 235 CDBs emitidos entre 5 e 19 de junho. O resultado pôde ser comparado com o levantamento anterior, que analisou as emissões entre 21 de maio e 4 de junho.
CDBs prefixados
Na última quinzena analisada, a remuneração dos títulos bancários com taxas fixas desde a emissão chegou a 13,70% ao ano, o equivalente a cerca de 1,14% ao mês.
Esses títulos são indicados por Felipe Martins Passero, sócio da InvestSmartXP, para investimentos de prazo intermediário, entre um ano e meio de três anos, já que, na opinião do especialista, “é improvável que um Banco Central mais político suba juros em ano eleitoral”.
As altas nos juros foram maiores nos prazos mais longos. Os prefixados de 36 meses passaram a pagar, em média, 12,40% ao ano contra 11,94% no levantamento anterior. A taxa média dos papéis de 24 meses subiu de 10,79% para 11,32%.
Retornos de CDBs prefixados de 05 a 19 de junho:
Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
3 11,75% 11,75% 11,75% 1 Santander Brasil
6 9,70% 10,08% 10,90% 6 ABC Brasil
12 10,35% 11,02% 12,00% 5 Sinosserra Financeira
24 10,90% 11,32% 11,80% 4 Haitong Brasil
36 11,65% 12,40% 13,70% 28 C6 Consignado
Fonte: Quantum Finance
CDBs pós-fixados
Com a perspectiva de uma Selic alta por mais tempo do que o mercado precificava anteriormente, as taxas dos pós-fixados caíram em quatro dos cinco vencimentos levantados. Destaque para a taxa média dos pós-fixados de 12 meses, que caiu de 100,86% do CDI para 98,83%. Já a remuneração média dos CDBs pós-fixados de 24 meses recuou de 103,44% do CDI para 102,22%.
A exceção foi a taxa média dos pós-fixados mais longos, com vencimento em pelo menos 36 meses, que subiu de 101,32% do CDI para 102,79% da taxa de referência.
Passero diz que os pós-fixados são boas opções para aproveitar o novo cenário da política monetária brasileira, e que “funcionam bem para prazos de até 24 meses, considerando a pausa no ciclo de corte de juros”.
O número de emissões aumentou de 136 para 168 papéis.
Retornos de CDBs indexados ao CDI de 05 a 19 de junho:
Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
3 97,50% 99,67% 106,00% 33 BancoSeguro
6 97,50% 102,22% 107,00% 31 BancoSeguro
12 90,00% 98,83% 104,75% 38 Banco PAN
24 95,00% 101,01% 115,00% 38 C6 Bank
36 97,50% 102,79% 115,50% 28 Banco Original
Fonte: Quantum Finance
CDBs de inflação
Com taxas mais voláteis, os ativos bancários atrelados ao IPCA também passaram a pagar mais na última quinzena. O juro real médio dos títulos de 24 meses subiu de 5,26% para 6%, com 11 emissões. Já a média de remuneração dos papéis mais longos, de 36 meses, saiu de 5,45% para 5,98%.
Nas últimas semanas, houve uma abertura das curvas de juros, o que fez com que as remunerações oferecidas pelos emissores bancários seguissem essa tendência”, explica Vinicius Romano, especialista em renda fixa da Suno Research.
Retornos de CDBs indexados à inflação (IPCA) de 05 a 19 de junho:
Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
24 5,40% 6,00% 6,40% 11 Haitong Brasil
36 5,20% 5,98% 6,49% 12 Haitong Brasil
quinta-feira, 20 de junho de 2024
20 DE JUNHO DE 2024. PRÉ LANÇAMENTO MISTRAL EMBARÉ - CONSTRUTORA PATRIANI - ANTOS, SP.
Lançamento PATRIANI em Santos no Embaré, junto ao Canal 4.
Conheça o MISTRAL EMBARÉ, um prédio perfeito para morar com toda qualidade, a apenas uma quadra da praia.
Apartamentos de 95m², com 2 suítes e lavabo, e de 128m², com 3 dormitórios, sendo 2 suítes, ambos com varanda gourmet, depósito e vagas determinadas.
O condomínio tem lazer completo, com piscina e academia vista mar no rooftop, casa de campo no condomínio e muito mais.
E tem ainda todos os diferenciais de modernidade e tecnologia PATRIANI, como a fazenda solar, que deixa a taxa de condomínio mais barata.
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terça-feira, 11 de junho de 2024
Investir em Imóvel na Planta em 2024. É um bom negocio? Por Hamilton Omar Biscalquini Junior, corretor especialista em imoveis na planta.
Investir em imóveis na planta em 2024 apresenta várias oportunidades promissoras para os investidores, especialmente com uma perspectiva otimista. Aqui estão os pontos positivos:
VANTAGENS
Preço Atraente: Imóveis na planta tendem a ser mais baratos que imóveis prontos. Comprar na fase inicial do projeto permite que os investidores adquiram propriedades a preços mais baixos, com potencial de valorização até a entrega.
Condições de Pagamento Facilitadas: Construtoras oferecem condições de pagamento flexíveis, como parcelamento durante a obra e entrada reduzida, tornando o investimento mais acessível.
Valorização do Imóvel: Em muitas regiões, especialmente nas que estão em desenvolvimento, a valorização do imóvel pode ser substancial. Infraestrutura em crescimento e novas amenidades aumentam a atratividade e o valor dos imóveis.
Personalização: Investir na planta permite que o comprador personalize aspectos do imóvel, como acabamentos e a planta baixa, ajustando-o às suas necessidades e preferências.
Cenário de Mercado
Estabilidade Econômica: Embora as taxas de juros possam estar relativamente altas, a economia está se mostrando estável, e as previsões indicam uma possível redução gradual das taxas, o que beneficiará o financiamento imobiliário.
Políticas de Incentivo: O governo tem implementado programas de incentivo à construção civil e subsídios para a compra de imóveis, facilitando o acesso ao crédito e estimulando o mercado imobiliário.
Inovações no Setor: A construção civil está adotando novas tecnologias que aumentam a eficiência e a qualidade das obras, reduzindo atrasos e melhorando a experiência do comprador.
Demanda Sustentada: Em muitas regiões urbanas, a demanda por imóveis novos continua forte, impulsionada pelo crescimento populacional e pela urbanização. Isso garante um mercado aquecido e boas perspectivas de valorização.
Dicas para Aproveitar as Oportunidades
Escolha de Localização Estratégica: Investir em áreas com potencial de crescimento urbano, boa infraestrutura e proximidade a serviços essenciais garante uma maior valorização do imóvel.
Pesquisa de Mercado: Estudar o mercado local e as tendências de desenvolvimento ajuda a tomar decisões informadas e identificar as melhores oportunidades.
Construtoras de Renome: Optar por construtoras com histórico sólido e boa reputação minimiza riscos e garante uma maior segurança quanto à qualidade e prazo de entrega.
Planejamento Financeiro: Aproveitar as condições de pagamento facilitadas e manter uma reserva financeira para imprevistos garante um investimento tranquilo e seguro.
Em resumo, 2024 se apresenta como um ano promissor para investir em imóveis na planta, com diversas vantagens que podem resultar em bons retornos financeiros e uma valorização significativa do patrimônio. O cenário econômico estável e os incentivos governamentais contribuem para um ambiente favorável, fazendo desse um ótimo momento para considerar esse tipo de investimento.
.HAMILTON OMAR BISCALQUINI JUNIOR - CRECI SP 208.568-F
terça-feira, 4 de junho de 2024
04 de junho de 2024 - Comprar imóveis em 2024? Bons preços estão no fim.
Preços bons com os dias contados: Maior parte dos imóveis que serão entregues em 2024, em São Paulo, já tem dono.
Os preços de imóveis tendem a subir, neste ano, segundo a expectativa de participantes do setor imobiliário. O aumento dos valores das unidades, segundo Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP, resulta de lançamentos em volume inferior à demanda da cidade de São Paulo e da pressão de custos de produção, como de mão de obra, além dos valores dos terrenos. Em 2024, a variação deve ficar “um pouco acima da inflação”, segundo Wertheim.
Para o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Sandro Gamba, o volume baixo de estoques de imóveis, no mercado paulistano, possibilita a retomada da discussão de preços.
O presidente da Abecip, entidade que representa o mercado imobiliário, destaca a necessidade de monitorar os próximos movimentos do mercado para entender a tendência de variação dos preços. Ele observa que, se houvesse um grande estoque de imóveis, a probabilidade de aumento de preços seria menor.
Em 2023, os preços dos imóveis na capital paulista subiram 7,22%, segundo o IGMI-R (Índice Geral do Mercado Imobiliário - Residencial) da Abecip, superando a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, que foi de 4,62%. Desde o início da série histórica em 2014, os preços dos imóveis em São Paulo têm se mantido acima da inflação.
Um levantamento da Data Lello, área de dados da Lello, indica um recorde de entregas de empreendimentos residenciais em 2024, com 818 condomínios previstos, um aumento de 93% em relação a 2023. Em termos de unidades, o crescimento será de 187%, totalizando 149,8 mil imóveis, majoritariamente apartamentos. A maioria dos empreendimentos (98%) será residencial, com apenas 2% sendo comerciais.
Mesmo com a expectativa de um grande volume de novos empreendimentos, o mercado percebe uma baixa disponibilidade de unidades ainda não vendidas. Ricardo Raoul, da Paladin Realty Partners, explica que muitas unidades de médio e alto padrão foram vendidas com descontos significativos em 2023, devido às altas taxas de juros e à necessidade de caixa das incorporadoras. Descontos de 15% a 20% foram comuns, chegando a 30% a 40% para pagamentos à vista.
Raoul prevê que, até junho, será um bom momento para compradores de imóveis de médio e alto padrão, pois os descontos, embora menores que em 2023, ainda são atrativos. A partir de meados do ano, o mercado deve aquecer consideravelmente.
A classe média é mais sensível às variações econômicas na decisão de compra de imóveis, enquanto a alta renda depende menos dessas flutuações e de crédito imobiliário, frequentemente optando por pagamentos à vista ou em prazos mais curtos.
Em 2023, dos R$ 153 bilhões de financiamento habitacional com recursos da poupança, R$ 113,1 bilhões foram destinados à compra de imóveis e R$ 39,9 bilhões à construção. Destes, 60% foram para imóveis usados e 40% para novos. Com o aumento das entregas previstas para 2024, espera-se que a fatia de crédito para novos imóveis suba para 45%.
O mercado de imóveis usados é considerado ótimo para compras, especialmente para imóveis bem localizados e com preços acessíveis.
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, afirma que, embora a demanda esteja baixa devido à espera pela redução dos juros, é mais vantajoso comprar agora e refinanciar posteriormente a uma taxa mais baixa.
FONTE : moneytimes.com.br
segunda-feira, 3 de junho de 2024
Um cenário bastante otimista para o setor IMÓBILIARIO neste segundo semestre de 2024.
As transformações do mercado imobiliário trazem inovações e oportunidades incríveis todos os dias. Não é apenas uma questão de inovações tecnológicas: há também evoluções sociais, culturais e ambientais.
Por esse motivo, o setor imobiliário é considerado um dos grandes motores do nosso país.
O que esperar do mercado imobiliário para 2024?
As projeções para 2024 são bastante promissoras. Em primeiro lugar, o saldo positivo do desempenho do mercado imobiliário no ano passado, que contou com maior oferta de linhas de crédito e crescimento das vendas, já aponta para um cenário otimista para este ano.
Além disso, a aprovação do orçamento de R$ 117,6 bilhões do FGTS para políticas públicas de habitação, de infraestrutura e de saneamento básico significa uma disponibilidade ainda maior de crédito em relação a 2023. Isso pode impulsionar a produção de imóveis, uma vez que é esperado um número maior de pessoas com condições de realizar um contrato de financiamento para aquisição da primeira moradia.
A estabilidade econômica também faz com que o mercado se mantenha aquecido. Afinal, com a inflação sob controle e a gradativa redução da taxa de juros, a aquisição de imóveis por meio de financiamentos é facilitada, possibilitando a contratação por mais pessoas.
Por fim, houve o aumento de 41% no orçamento destinado ao Minha Casa, Minha Vida, além da contratação de 187,5 mil moradias destinadas a famílias que se enquadram na Faixa 1 desse programa, que foi anunciada no fim do ano passado pelo Governo Federal. Ou seja, são notícias que fazem os olhos brilharem quando se trata de poder realizar o sonho da casa própria ainda este ano.
Quais são as principais tendências do mercado imobiliário?
Depois de conferir o termômetro do mercado de imóveis para 2024, chegou a hora de conhecer as principais tendências do mercado imobiliário para este e os próximos anos.
Tecnologia e sustentabilidade são as palavras de ordem no momento, além de condomínios que oferecem estruturas cada vez mais completas. Confira a seguir todas as inovações que já estão por aí.
Aumento do uso da realidade virtual na visitação
Nos últimos anos, a tecnologia digital se desenvolveu bastante. Muitas tecnologias que eram extremamente caras ou eram vistas apenas em filmes de ficção científica estão se tornando cada vez mais presentes no nosso dia a dia. A realidade virtual é uma delas, permitindo uma maior imersão dos nossos sentidos e tornando nossa experiência no mundo digital mais real.
No mercado imobiliário, isso está acontecendo com os tours virtuais e as imagens em 360º, sendo possível trazer muito mais comodidade aos interessados na compra de imóveis. Em vez de ir presencialmente ao local com um representante de vendas ou corretor, você pode acessar um anúncio em que você visita o imóvel, dá zoom nos detalhes e passa o tempo que quiser analisando-os.
Aumento das vendas online
A cada dia, as pessoas estão mais confiantes nas compras online. O cenário é muito diferente daquele que vimos na década passada, em que a compra online gerava bastante receio.
Atualmente, já é possível comprar apartamento de forma online, com toda a burocracia sendo resolvida a distância, incluindo etapas que demandavam idas e vindas aos cartórios. Isso é possível graças a tecnologias, como:
• aplicações que permitem uma assinatura digital extremamente segura, em que os dados da sua transação ficam protegidos de interceptação;
• aplicativos bancários que possibilitam transferências de diversos valores. No caso da Caixa Econômica Federal, você pode realizar a inscrição no Minha Casa, Minha Vida e concluir várias etapas do processo pelo app.
Toda essa comodidade, aliada à fidelidade dos tours virtuais, faz com que as pessoas não precisem mais sair de casa para fechar um negócio.
Maior preocupação com sustentabilidade e uso inteligente dos recursos
A sociedade está cada vez mais consciente de que os recursos naturais não são ilimitados. Se não os explorarmos com responsabilidade, as futuras gerações podem viver em um planeta degradado. Isso ainda reduz a possibilidade de crescimento econômico, afetando a prosperidade dos nossos filhos e netos.
Felizmente, a engenharia civil já desenvolveu várias técnicas que permitem o uso otimizado de materiais, a redução dos desperdícios e a reutilização de peças que iriam para o descarte. Essa tendência é essencial para garantir uma qualidade de vida para as gerações futuras.
Retorno do Minha Casa, Minha Vida
Os desafios da pandemia mostraram a importância dos programas habitacionais para o mercado imobiliário. Durante muitos anos, o subsídio do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, alimentou uma boa parte dos novos lançamentos imobiliários, especialmente para as classes C, D e E. Assim, muita gente conseguiu realizar o sonho de ter um imóvel próprio.
Com o retorno do Minha Casa, Minha Vida, que substitui o antigo programa Casa Verde e Amarela, sua contribuição para a manutenção do mercado imobiliário está consolidada. Afinal, como mostramos mais acima, a ampliação do orçamento do programa e a contratação de novas unidades pelo Governo Federal deve impulsionar o setor para este e os próximos anos, possibilitando que mais famílias brasileiras conquistem a moradia própria.
Desse modo, além dos ganhos para o mercado em si, os cidadãos conseguem morar com dignidade e o direito presente na Constituição Federal é garantido.
Construção de apartamentos menores
Nos últimos anos, a construção de apartamentos com área útil reduzida tem se tornado uma tendência em imóveis voltados para todas as faixas de renda. São diversos os fatores que alimentam esse conceito:
• a questão da sustentabilidade ambiental nos mostra que é possível viver com menos. Assim, a decoração dos interiores fica cada vez mais simples, sem excesso de acessórios e objetos, reduzindo a demanda por grandes espaços;
• a rotina de trabalho intensa da maioria das pessoas reduziu o tempo disponível para tarefas domésticas. Ninguém quer passar várias horas do tempo livre com isso, então os espaços pequenos são uma ótima pedida;
• os eletrodomésticos ficam cada vez menores com o avanço da tecnologia.
Apartamentos e casas inteligentes
Falando em eletrodomésticos, eles ganham cada vez mais funcionalidades nas nossas casas. Por exemplo, as smart TVs permitem que você execute comandos de voz ou pelo celular, enquanto há lâmpadas que são conectadas no Wi-Fi e podem ser desligadas pelo celular, entre outras novidades.
Essa conexão entre os aparelhos domésticos é chamada de casa inteligente. Antes, pensávamos que essa tecnologia se restringiria apenas a quem tivesse muito dinheiro para investir. No entanto, as casas inteligentes estão se tornando cada vez mais acessíveis e populares.
Espaços com infra-estrutura para trabalho e lazer
A construção de apartamentos menores não exclui a procura por imóveis com estruturas maiores. Por causa do distanciamento social ocasionado pela pandemia, por exemplo, houve um aumento na procura por imóveis maiores e com infra-estrutura voltada para o lazer. Isso aconteceu porque foi necessário passar mais tempo em casa com a família.
Além disso, durante esse período, muitas pessoas passaram a trabalhar na própria casa, percebendo a necessidade de ter um local mais adequado para realizar suas tarefas diárias. Mesmo com o fim da pandemia, isso tende a se manter nos próximos anos, uma vez que o trabalho home office se mantém como uma alternativa vantajosa para empresas e funcionários.
Processos mais tecnológicos e menos burocráticos
Antes era necessário que o cliente se deslocasse até uma imobiliária para iniciar um negócio, sendo preciso realizar diversas visitas ao local para fazer a melhor escolha para a família. Logo em seguida, iniciava um longo e burocrático processo de compra ou de aluguel. Mas essa realidade está mudando.
Afinal, a possibilidade de escolher o imóvel dos sonhos online e de fazer negócio de forma totalmente desburocratizada também se manteve no pós-pandemia. Sendo assim, não é mais necessário realizar diversas visitas ao espaço físico e ir muitas vezes ao cartório. Tudo pode ser resolvido sem precisar sair de casa.
Essa nova tendência do mercado imobiliário será uma necessidade nos próximos anos, visto que os clientes estão buscando sempre mais facilidade e agilidade.
Empreendimentos sustentáveis
Uma das maiores tendências do mercado imobiliário para os próximos anos é o surgimento de empreendimentos cada vez mais sustentáveis, ou seja, que utilizam energias renováveis e limpas.
Além de contribuírem para a preservação do meio ambiente, esses imóveis ajudam a reduzir os gastos mensais com água e luz, diminuindo o consumo e garantindo mais segurança e praticidade no dia a dia dos moradores.
Algumas das principais características dos empreendimentos sustentáveis são:
• captação de energia por meio de paineis solares;
• apartamentos cujas plantas favorecem a iluminação natural e a circulação de ar;
• mecanismos de reaproveitamento de água, tanto de eletrodomésticos quanto das chuvas;
• estímulo à coleta seletiva do lixo nos condomínios.
Condomínios com estrutura cada vez mais completa por um preço acessível
Outra tendência do mercado imobiliário é a popularização de condomínios com estrutura mais completa, contando com itens como piscina, academia, playground, churrasqueira, salão de festas, entre outros diferenciais que favorecem a qualidade de vida dos moradores.
Embora esses condomínios já existam há um bom tempo, estão se tornando mais acessíveis, não sendo mais exclusividade de construções luxuosas. Assim, é possível encontrar empreendimentos com preços acessíveis e uma estrutura diferenciada.
Bons ventos para o mercado imobiliário e para você!
As tendências do mercado imobiliário apontam para um futuro promissor em diversos aspectos. A sociedade e o planeta são favorecidos com o uso cada vez mais consciente da tecnologia e dos recursos naturais, enquanto as condições para realizar o sonho da casa própria ficam cada vez melhores e mais palpáveis para você e sua família.
Lembrando que, para tomar a melhor decisão sobre a compra de um imóvel, é preciso analisar quais são os melhores tipos de financiamento, as comodidades do apartamento escolhido e sua adaptabilidade para o futuro, assim como a estrutura do empreendimento. Com base nesses elementos e um bom controle financeiro, será possível tomar uma decisão mais segura e satisfatória para a conquista da casa própria.
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